No quarto domingo de agosto celebramos o dia de oração pela vocação dos ministérios dos leigos (as) missionários (as) que são “sal da Terra e Luz do mundo!” (cf. Mt 5,13-14).
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, os leigos são “todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo.” (CIC 897)
Por sua realidade de batizados, todos os leigos não apenas estão na Igreja, mas são Igreja, são parte do corpo que tem Cristo por cabeça, são convocados a serem discípulos missionários, participantes do anúncio do Evangelho a todas as nações.
Todos somos chamados à santidade, aos olhos de Deus cada pessoa é importante, e Ele convida individualmente homens e mulheres de boa vontade para a construção do Reino. E ao aceitar esse convite, o leigo (a) passa a ser participante ativo da Igreja e do Reino colaborando para a caminhada e o crescimento da comunidade rumo a Pátria Celeste.
A missão dos leigos (as) missionários (as) é sair de si mesmo, iluminar, se doar, dar sabor. Na Igreja e na sociedade devem ter olhares luminosos e corações sábios, para ser luz, sabedoria e sabor, como Jesus Cristo e seu Evangelho. Por isso, são “Sal da Terra e Luz do mundo!” (cf. Mt 5,13-14).
Sal e luz, símbolos milenares de conservação e de iluminação do que deve permanecer, continuar e durar, precisos e preciosos para a vida, a identidade, a espiritualidade e a missão dos cristãos leigos e leigas. Portanto, nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vive para si mesmo.
Para a missão dos leigos e leigas ser o de anunciar o Evangelho, precisam experimentar a cada dia seu encontro pessoal com Jesus é verdadeiro, por meio de uma vida de oração, onde se saboreia a mensagem de Jesus e se experimenta a sua graça sempre presente.
Desempenhando sua missão através do seu testemunho, do anúncio da Palavra e da vida, no seio da família, na escola, no mundo da política, principalmente nos meios de comunicações. Por isso o papel do leigo(a), além de sua participação na comunidade eclesial, tem sua missão de ser fermento nesses campos de vida e atuação e se empenhar para a construção efetiva do Reino de Deus.
De acordo com o Documento 105 da CNBB nº 188: “O encontro com Jesus Cristo leva a uma espiritualidade integral. Esta completa a conversão pessoal, o discipulado, a experiência comunitária, a formação bíblico-teológica e o compromisso missionário. No encontro com Jesus Cristo vivo, descobre-se e vivencia-se o mistério da trinitário”.
Os leigos e leigas devem alimentar sua espiritualidade na Palavra de Deus e na Eucaristia, fonte e centro de toda a vida cristã. Apresentam-se a Deus, por Jesus Cristo, o louvor de suas vidas, expressam a esperança e a caridade, alimentam a fé e são novamente enviados em missão, que conduzidos pelo Espírito Santo, através dos diferentes dons e carismas, conseguem ser fiéis propagadores do seu Reino, aproximam muitos irmãos, pois são capazes de falar ao coração dos homens e mulheres, praticam a caridade, lutam pela justiça e pela libertação. Fazendo assim, realizar a promessa de Jesus: “O Reino de Deus está presente no meio de vós”.
O serviço ao próximo é um dos maiores testemunhos de fé do verdadeiro cristão, pois formando um só corpo em Cristo (cf. Rm 12,4-5) traz para a terra um pedaço do céu, onde Deus está a serviço de suas amadas criaturas. (Cf. Mc 10,45).
Que todos os leigos e leigas possam reinar com Cristo e como Cristo, descobrindo e realizando plenamente a sua vocação, amando a Deus e ao próximo como a ti mesmo. (cf. Mt 22,37-39).
“Como bons administradores da multiforme graça de Deus,
cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu.
se alguém tem o dom de falar,
fale como se fossem palavras de Deus,
se alguém tem o dom do serviço,
exerça-o como capacidade proporcionada por Deus,
a fim de que, em todas as coisas, Deus seja glorificado,
por Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder,
pelos séculos dos séculos. Amém”
(1Pd 4,10-11)
Márcia Luciene Goretti Tresse
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