A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite: “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (…) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!” (S. João Damasceno – século VIII).
Mais tarde, em um famoso sermão feito na festa da Natividade, Padre Antônio Vieira (século XVII) perguntou: “Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria?” Ele mesmo respondeu: “Vede para que nasceu: nasceu para que dela nascesse Deus. (…) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina: dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus.”
A Virgem Maria foi escolhida por Deus, antes de todos os séculos, para ser a Mãe do Messias, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe do Salvador, “a estrela que precede o Sol”. Com o seu nascimento, a vinda do Emanuel, do “Deus-conosco”, começava a se concretizar. Por isso, na festa de seu nascimento, a Igreja pede: “Exulte, ó Deus, a vossa Igreja (…), pois nos alegramos pelo nascimento de Maria, que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação” (Missa – Oração depois da Comunhão.
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